Pais, mães e crianças
Pais, mães e filhos no contexto “Homens Hedpill e a autoimagem feminina.”
Avaliando hoje os contextos de pais, mães e crianças, atualmente, os homens denominados hoje como redpill, tem uma visão extremamente masculinizada do mundo.
O masculino nega dessa forma, a existência do patriarcado e vê as mulheres como inferiores aos homens, e que elas devem ser submissas a eles em todos os aspectos.
Claro que este tema está sendo trazido aqui, para exemplificar a forma como essa visão e atuação tóxica prejudica de forma direta a autoimagem feminina.
Esta ideologia além de tóxica, deixa as mulheres expostas a um tipo de discurso que é capaz de incutir na mente ideias de inferioridade e incapacidade, pelo fato de serem mulheres.
Imagine comigo agora, a decisão mais importante da vida de uma mulher é quando ela decide se formará uma família e deseja ter filhos.
Com este tipo de pensamento acima sendo disseminado, mas também com atitudes tóxicas, a construção de relacionamentos saudáveis fica comprometida.
Por fim, as consequências negativas chegam na vida das mulheres e forma que inclusive a visão de família e filhos fica deturpada.
A dúvida de um futuro e a formação da família
A dúvida de um futuro e a formação da família são temas muito presentes na clínica de Françoise Dolto, psicanalista francesa conhecida por seu trabalho com crianças e adolescentes.
Para Dolto, a formação da família é um processo complexo que envolve questões como a identidade, a sexualidade e a afetividade.
Vemos crianças e adolescentes atualmente sendo influenciados por músicas inapropriadas, homens e pais com ideologias tóxicas, mães com autoimagem distorcida.
Desta forma, é fácil imaginar como os filhos estão inseridos em uma realidade prejudicial para a formação do caráter e personalidade.
Um cenário tendenciosos para os filhos perpetuarem uma ideologia que veem sendo utilizada e pregada.
A forma como pais e mães se relacionam entre si, afeta diretamente a saúde emocional e física dos filhos.
Segundo Dolto, a triangulação saudável entre mãe, pai e filhos mantém um vínculo seguro e forte.
A relação pais, mães e crianças de Triangulação, é exatamente o processo pelo qual os pais estabelecem uma comunicação saudável e equilibrada entre si e também estabelecem uma relação de afeto com seus filhos.
Eles conseguem sentir e perceber emoções e desta forma, a família promove a formação emocional mais completa e satisfatória.
As dores causadas em você como criança
A infância é a fase crucial para o desenvolvimento emocional das pessoas. É exatamente nesse período que a criança desenvolve sua identidade.
A criança entende como funcionam os vínculos, os afetos e suas emoções, nesta fase devem aprender a reconhecer, nomear e lidar bem com suas próprias emoções.
Triangulação
Nesta fase então, a relação em família, ou a triangulação como nomeia Dolto, deve ser bem estruturada.
Na triangulação saudável, a criança consegue entender que pai e mãe estão no mesmo nível de afeto e vistos por ela com a mesma admiração.
O filho consegue sentir e entender que, mesmo que as energias sejam diferentes.
A mãe mais delicada e o pai mais forte, devido aos hormônios e a estrutura física, ainda assim, pai e mãe são ótimos como um par, um casal, uma dupla que se entrelaça.
Contudo, quando essa relação familiar não é bem estabelecida, quando há qualquer disfunção, troca de papéis, falta de comunicação, expressões verbais e não verbais duras e que causam medo à criança.
A consequência dessa má construção, gera uma série de dores emocionais levadas durante a infância e ao longo da fase adulta.
Prejuízos
Antes mesmo da fase adulta, quando o percurso chega na fase da adolescência já pode-se observar prejuízos.
Problemas com a autoimagem, falta de compreensão sobre si mesmo e seu valor perante a sociedade e ao seu vínculo social são alguns exemplos.
Essas dores emocionais podem ter origem em situações diversas, como a pressão excessiva dos pais para que essa criança ou adolescente se encaixe em padrões preestabelecidos ou a falta de validação emocional por parte de adultos.
Afinal, quando a criança não se sente compreendida ou ouvida pelos pais, pode sentir-se desamparada e ter dificuldade em lidar com suas emoções, com as relações interpessoais.
Podem surgir dificuldades no desempenho escolar, podem regredir alguns progressos da idade e podem levar traumas emocionais para o resto de suas vidas, aqui fazendo uma forte observação para a má escolha dos parceiros de vida no futuro.
O processo de cura por meio do autoconhecimento
Quando a criança é exposta a uma triangulação mal estabelecida, vários problemas emocionais surgem:
Competição inconsciente entre os pais ou pela atenção e afeto da criança,
A posição deles na família,
Nas tarefas da casa,
Quando eles não acompanham a mesma crescente de afeto, comunicação e relacionamento com o filho,
Quando escolhem o preferido, ou o mais bonzinho.
A criança se sente dividida entre os pais, podem ter dificuldade em expressar emoções, em se comunicar em suas necessidades da vida.
Elas acabam se sentindo responsáveis pelo conflito entre os adultos.
Se sentem como um peso e além de tudo criam uma forma de ver relações completamente incompatíveis com o que podemos chamar de saudável para a convivência.
Desenvolvem ciúmes excessivos de amigos, e no futuro dos namorados e parceiros de vida.
Repetem os padrões de comunicação que os pais tinham em casa, assim criando uma bola de neve, onde os mesmos comportamentos e a mesma comunicação é repetida ao longo dos anos.
Quando os pais têm a oportunidade de passar pelo processo do autoconhecimento, esse desequilíbrio que foi causado na família, que poderia gerar relações tóxicas no futuro, pode ser visualizado com os olhos dos saberes psicanalíticos, para que o progresso de desenvolvimento seja ajustado.
Quando se percebem filhos que estão excessivamente dependentes dos pais ou preocupados demais em buscar a aprovação deles, outros comportamentos podem surgir.
Temos como exemplos; pequenos delitos em casa e na escola, amizades desconectadas do que se imagina para a idade, abuso de telas ou alimentação desregrada.
É neste momento, então, que o processo de autoconhecimento e ajuda profissional devem entrar com as soluções para uma vida mais harmoniosa e saudável.
O poder da influência paterna
A relação entre pai e filho (a) nunca foi estudada no decorrer do tempo, somente no ano de 2018, onde os estudos foram mais direcionados a esta relação.
A influência que a relação com o pai vai gerar no futuro dos filhos é muito importante também.
Esta geração que se autodenomina “redpill”, abala a formação saudável da autoimagem feminina, a relação pai e filha quando mal estabelecida.
Certamente, isso, fará com que os filhos tenham relações difíceis, estranhas, até complicadas e tóxicas no futuro.
Meninas que viram mulheres e buscam nos parceiros as características do pai ou o oposto.
Meninos que viram homens e buscam ser igual ou o completo oposto do pai.
O papel do pai como grande influenciador, deve mostrar ao máximo que a masculinidade bem vivida, serve como amparo e proteção.
Um pai forte que protege seus filhos, dando exemplo de como ter harmonia e relações felizes e saudáveis. É um pai que forma pessoas fortes emocionalmente no futuro.
Um pai que se preocupa com a formação sistêmica dos filhos, ajuda eles a entenderem que tanto homens quanto mulheres devem ser respeitados.
Ensinam que sua autoimagem é bela e deve existir o autocuidado e autoamor acima de tudo, livre dos efeitos das vozes externas que sempre opinarão sobre assuntos que não convém.
Resolvendo as dores e cuidando das feridas
E agora, já trouxe toda essa bagagem de dor e sofrimento para minha fase adulta, tendo vivido numa casa e família desestruturada em comunicação e emoções, o que devo fazer?
Muitas das dores sentidas na infância são de difícil compreensão por qualquer pessoa ao seu redor de fato.
Emoções invalidade ao longo da vida, diminui seu contato com sua voz interna. É necessário buscar um ambiente seguro para tratar destas questões, sem medo, julgamentos ou rejeições.
Buscando ajuda profissional
A análise de psicanalista, pode oferecer um espaço seguro e acolhedor tanto crianças, quanto adolescentes ou adultos.
Trazendo a possibilidade de tratar destas questões e expressar de forma livre suas emoções, sem a pressão de se conformar com as expectativas dos outros.
Além disso, você poderá entender as ferramentas para organizar suas dores emocionais que forem surgindo ao longo dos anos seguintes e assim suas próximas relações, terão a oportunidade de serem mais saudáveis do que as do passado.
Caso o seu ambiente familiar não seja propício para permitir aos seus filhos uma comunicação clara e objetiva e livre de julgamentos, é um sinal de alerta.
A princípio, se você não consegue lidar bem com as suas emoções ao falar com eles, este é um ótimo momento de buscar ajuda profissional.
Evitando assim, infortúnio nos relacionamentos amorosos no futuro, contentamento com a situação financeira, toxicidade nas relações sociais e uma infinidade de problemas emocionais.
Quanto mais cedo, maior capacidade os filhos desenvolvem de ter habilidades para falar, se expressar, construir boas relações e estarem livres dessa ideologia.
A Redpill apenas deturpa qualquer conceito de emoções saudáveis do ser humano.
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