psicanálise infantil

Psicanálise infantil e educação

Contribuições da psicanálise para a educação

A relação entre psicanálise infantil e educação é muito evidente nos dias atuais, um ambiente escolar em que há cuidado e acolhimento pode contribuir para o vínculo entre o professor e o aluno, bem como do próprio aluno com seus colegas. Por isso, é interessante que haja um estreitamento de laços e um bom relacionamento em sala de aula. São diversas as contribuições da psicanálise infantil para a educação, vamos ver a seguir algumas delas.

Freud tinha uma inclinação pela pedagogia, área que possibilitou um olhar sensível aos educadores e para crianças e do adolescentes. Na formação do professor, as práticas pedagógicas são importantes uma vez que visam oferecer condições aos professores para muni-los com ferramentas essenciais no enfrentamento dos desafios que surgem constantemente no cotidiano escolar.

Freud afirmou que a pedagogia é uma área do conhecimento que a psicanálise encontrou contribuições, que foi decorrente da descoberta dos desejos e dos processos de amadurecimento da infância e da adolescência. Por meio da psicanálise, o sujeito volta-se para seu próprio discurso, torna-se autor de sua palavra e também dos seus próprios desejos.

Anna Freud, filha de Sigmund Freud, decidiu relacionar a psicanálise com a pedagogia, tendo em vista um olhar crítico sobre as normas pedagógicas que estavam em vigor na época. Anna Freud se aprofundou no conhecimento que o pedagogo tem como base, aguçando seu entendimento a respeito das relações complexas entre a criança e os educadores.

Pode-se afirmar que dentre as possíveis contribuições que a terapia infantil no ensino pode favorecer a educação está na criação de uma boa convivência entre professor e aluno. Nessa relação, diversas transferências por parte do aluno, e contratransferências por parte do professor, podem revelar muito sobre a dinâmica de relacionamento tanto do educador quanto do educando.

O ensino-aprendizagem e a clínica psicanalítica

A Psicanálise viabilizou um avanço considerável por meio da escuta especializada. A educação propicia um espaço em que professor e aluno se relacionam em sala de aula. A escola é um lugar de socialização em que crianças e adolescentes desenvolvem, aos poucos, a sua personalidade.

Antes de tudo, a psicanálise é um método que exige a realização de um permanente retorno a si mesmo. Torna-se mais fácil para o professor refletir sobre a sua própria prática pedagógica a partir do momento em que ele recebe a escuta de alguém que está fora da situação pedagógica.

No processo de ensino-aprendizagem, os pais ou os cuidadores responsáveis pela criança precisam instigar as crianças e os adolescentes para que eles se desenvolvam como membros ativos da sociedade, contribuindo para um ambiente familiar e social harmoniosos.

Tanto os pais quanto os membros da família devem, necessariamente, prezar pelo aprendizado, amadurecimento e pela saúde mental das crianças bem como dos adolescentes. Nesse contexto de ensino-aprendizagem, o eixo psicanálise infantil e educação pode fornecer ferramentas que permitirão que o professor tenha a devida instrução para lidar com as adversidades da sua profissão.

As crianças, assim como os adolescentes, precisam ser valorizados e instigados para o conhecimento que os tornará cidadãos ativos da sociedade. O cuidado com a saúde mental de crianças e adolescentes é muito importante, sobretudo, para assegurar que as gerações futuras se desenvolvam de forma saudável.

Nesse processo, a mãe e o pai são os responsáveis pelo cuidado dos filhos. Uma vez que estes vão para a escola, é o professor que passa a exercer os imagos parentais, de modo que a criança e o adolescente criam um vínculo especial com o educador.

Muitas vezes, o aluno fará diversas projeções na figura do professor, essas projeções chamam-se transferências, tarta-se de uma ferramenta útil para a prática psicanalítica. O aluno poderá projetar afetos positivos e também negativos na figura do professor.

Em contrapartida, o professor também poderá correr o risco de projetar os seus sentimentos nos educandos, o que pode ser severo e prejudicial para a formação do aluno. Nesse caso, é interessante que o professor busque o apoio de uma análise para lidar com as suas questões e expor os desafios enfrentados na sua profissão.

Com o apoio de um bom analista, o educador será instrumentalizado para ter um manejo melhor junto aos alunos. Assim, vínculos saudáveis podem ser criados pelas duas partes. È importante pontuar que, nessa relação, quem tem o cérebro maduro é o adulto e não a criança. O educador tem uma grande responsabilidade e precisa ter consciência da dimensão desse processo.

A criança e o adolescente estão passando por diversas transformações ao longo de seu amadurecimento, com isso, pode haver dificuldades para que o professor desenrole o seu papel com certa tranquilidade. Os problemas sempre aparecerão, por isso, o professor deve buscar por uma análise pessoal para auxílialo com as suas questões pessoais e profissionais.

A importância da psicanálise para a educação

Aqueles que desejam ser psicanalistas podem encontrar na psicanálise infantil um campo vasto e enriquecedor. As teorias que se voltam para o amadurecimento foram desenvolvidas por psicanalistas renomados, tais como Donald Winnicott, um psicanalista inglês que também era pediatra, Melanie Klein, uma psicanalista austríaca, que estudou as fantasias inconscientes das crianças, e Anna Freud, filha de Sigmund Freud, que concentrou os seus estudos em uma base mais próxima da pedagogia do que da psicanálise em si.

Além de estudar a teoria, que é uma das partes essenciais para o tripé psicanalítico, o analista deverá se debruçar sobre a literatura direcionada para a psicanálise infantil, seguindo as respectivas linhas que contribuem efetivamente para a clínica com crianças, buscando a bases que fundamentaram a atual do contexto psicanálise infantil e educação.

No momento em que o psicanalista definir a psicanálise infantil como foco de seus atendimentos é importante que seja iniciada a prática, outro fator fundamental do tripé psicanalítico. Para isso, o analista deverá ter o respaldo da teoria, mas também dispor de técnicas e ferramentas diferenciadas e exclusivas para prestar o atendimento de crianças, que se difere muito do atendimento de alunos.

Com a teoria e a prática bem desenvolvidas, o psicanalista deve ter a sua análise pessoal sempre em dia e fazer a supervisão clínica, que é fundamental para que o analista leve os casos mais complexos que devem ser estudados sob o olhar de um analista mais experiente.

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