Os estudos iniciais de Freud sobre neurose
Os estudos iniciais de Freud a respeito da neurose permitiram-lhe grandes descobertas. Com o aprofundamento das suas pesquisas, Freud foi capaz de identificar as causas e os sintomas que estavam por trás dessa desordem.
Por meio das suas metodologias terapêuticas, Freud identificou que as forças do inconsciente que alimentavam os instintos, assim como os impulsos que eram decorrentes das neuroses. O ponto de partida da teoria freudiana foi, justamente, a neurose.
Freud estabeleceu uma relação entre a neurose e a teoria da sexualidade, e relacionou a forma como o sofrimento do ser humano estava diretamente relacionado com os estados corporais psicossomáticos, em que a mente adoecida, consequentemente, revelava um corpo adoecido.
Freud dividiu o transtorno nos seguintes tipos: a neurastenia, a neurose de angústia e a hipocondria. Dentre os sintomas da neurastenia, destacava-se a violência do fator sexual. Em contrapartida, a neurose de angústia se caracterizava por sintomas de diversas naturezas, que poderiam ser desde diarreias, congestões e problemas cardíacos e respiratórios. Já, a hipocondria referia-se apenas ao medo do adoecimento.
É importante frisar que, nesse contexto, apenas as neuroses eram consideradas psicopatoglogias que podiam ser tratadas pela psicanálise. Em sequência, veremos como a sintomatologia da neurose estava intimamente relacionada com a sexualidade.
Quais são os tipos de neurose?
Como foi dito anteriormente, muitos dos sintomas do transtorno neurótico estão relacionados com a sexualidade. Segundo as teorias freudianas, os fatores sexuais influenciam o distúrbio neurótico a medida em que proporcionam um desvio da libido e tal alteração pode ser de ordem somática.
Na neurose de angústia é como se houvesse uma intensa quantidade de ordem somático na excitação sexual. Freud considerava que essa excitação sexuais era muito relevante para todo tipo de processos da psique.
Dentre muitos dos sintomas que acometiam esse transtorno, a sexualidade estava na raiz do que desencadeava esses sintomas. Na época dos estudos clínicos de Freud, eram comuns as conversões histéricas, a neurose de angústia, a neurose obsessiva, a neurastenia, dentre outros.
A fim de compreender melhor o distúrbio e suas variações tipológicas é necessário observar os sintomas que estão associados ao quadro patológico em questão. Dentre alguns dos sintomas mais evidentes dos tipos de neuroses, destacam-se: o medo de situações banais do cotidiano; oscilações de humor sem causa aparente; fixação por uma preocupação que muitas vezes não apresenta uma causa definida; traços históricos e fóbicos.
Os principais tipos de transtorno neuróticos designados por Freud são: a neurose de angústia, a neurose fóbica e a neurose obsessiva. Existem muitos outros tipos de neurose, no entanto, daremos espaço para a ampliação desse conteúdo em artigos futuros.
O tratamento da neurose na clínica psicanalítica
A neurose é um dos transtornos mentais mais estudados na psicanálise. Basicamente, o tratamento para quadros de transtorno neurótico é por meio da análise pessoal. O acompanhamento com um bom analista vai permitir que o individuo neurótico possa lidar melhor com os traços da sua personalidade e as adversidades do cotidiano.
Em alguns quadros que apresentam maior gravidade no que diz respeito aos sintomas, apenas a análise pessoal não é suficiente. Se for um quadro agravante que apresente transtornos severos, tais como o depressivo, será necessário que o paciente busque o tratamento junto a um médico psiquiatra, que é o profissional apto para prescrever a medicação e para emitir qualquer diagnóstico.
O tratamento do transtorno neurótico na clínica psicanalítica volta-se para os sintomas que afetam a qualidade de vida do paciente, sendo que o objetivo do tratamento será justamente o de combater ou abrandar esses sintomas, a fim de que o paciente possa ter uma boa qualidade de vida.
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