O que é psicose para a psicanálise?
Psicose e suas definições
A psicose é definida como um tipo de transtorno que afeta a forma como o indivíduo percebe a realidade. Diferentemente da neurose, a psicose afeta a forma como o sujeito vê a si mesmo e o mundo ao seu redor.
Os pacientes que sofrem esse tipo de transtorno precisam de um acompanhamento de um psicanalista ou psicólogo, além de um tratamento medicamentoso, seguindo as orientações de um médico psiquiatra.
O transtorno psicótico geralmente é tratado com o uso de antipsicóticos, que só podem ser prescritos pelo psiquiatra. O analista que acompanha esse tipo de psicopatologia deve observar como é a relação do paciente com a realidade, identificando a existência de distorções e projeções que afetem a sua relação consigo mesmo e com as outras pessoas.
A perda do contato com a realidade e a cisão são os maiores fatores que caracterizam a psicose. O sujeito psicótico, normalmente, sente sua personalidade fragmentada e não integrada. Esse tipo de dissociação pode ser decorrente de alterações na psique do indivíduo que pode ter diferentes causas.
Dentre elas, podemos destacar as causas de caráter hereditário, ou seja, quando o distúrbio mental tem fatores genéticos envolvidos, como é o caso da bipolaridade e da esquizofrenia.
Além do fator hereditário, outras causas que desencadeiam a psicose são: alterações no sono, alterações na estrutura neurológica, abuso de drogas, traumas, estresse, dentre outros.
O analista que acompanha pacientes que sofrem com transtorno psicótico precisa estar atento aos sintomas e aos diferentes tipos de psicose, a fim de orientar um tratamento adequado para o quadro em questão.
Quais os sintomas e tipos de psicose?
Os sintomas da psicose incluem delírios, confusão mental, alucinações visuais e auditivas, problemas para criar e manter laços afetivos, isolamento e distanciamento de amigos e familiares.
Geralmente, aqueles que apresentam quadros de psicose tendem a ser sujeitos que podem se sentir vigiados e não conseguem manter interações sociais por um grande espaço de tempo. Os pacientes psicóticos também tendem a sofrer de depressão e de transtornos de ansiedade.
O psicanalista precisa saber identificar se realmente há a cisão na personalidade do paciente e investigar os sintomas que estão por trás da dissociação do analisando. É preciso saber como o paciente interage socialmente e se prefere ficar sozinho ou se gosta da companhia de outras pessoas.
É importante que o analista entenda o funcionamento das interações do paciente para identificar os problemas no comportamento do indivíduo, que podem afetar tanto a esfera da vida pessoal quanto da vida social.
Os tipos mais conhecidos de psicose são: a esquizofrenia, o transtorno esquizoafetivo e o transtorno bipolar. A esquizofrenia caracteriza-se como um transtorno mental que afeta a forma como o sujeito percebe a realidade.
O esquizofrênico pode ouvir vozes e ter alucinações visuais, além disso, esse tipo de paciente pode ter muita dificuldade em entender aquilo que é real, pois sofre com a percepção distorcida da realidade.
O transtorno esquizoafetivo apresenta as mesmas características da esquizofrenia, no entanto, revela instabilidades em relação ao humor. Desse modo, o sujeito pode oscilar do humor eufórico para o disfórico, eventualmente, e isso fica muito evidente no comportamento e na relação com as outras pessoas.
O transtorno bipolar é um tipo de distúrbio mental em que a pessoa sofre muito com as oscilações de humor.
Existem diferentes tipos de bipolaridade, sendo que o analista precisa estar atento aos sintomas e ao comportamento do paciente para identificar a caracterização específica do transtorno. Assim, o tratamento terá eficácia e permitirá que o paciente tenha uma melhor qualidade de vida, desfrutando de bons vínculos afetivos.
Os transtornos psicóticos são psicopatologias sérias e não tem cura, ou seja, o indivíduo nasce com predisposição muitas vezes genética da doença, e morrerá sendo portador do distúrbio que o adoece.
Embora não haja cura para os diferentes tipos de psicose, existe o controle da sintomatologia, o que evitará e amenizará crises e comportamentos violentos.
As Psicoses e seus tratamentos
O tratamento das psicoses exige um cuidado diferenciado pelo analista que faz o acompanhamento do paciente. Além da análise, o controle em relação ao tratamento medicamentoso também é essencial.
Com análise pessoal em dia e a medicação correta prescrita em doses ideais, os pacientes que sofrem de transtornos psicóticos podem assegurar uma boa qualidade de vida. Os traços de retraimento ainda serão evidentes nesse tipo de paciente, mas é possível assegurar que eles conseguirão viver bem em sociedade.
É muito importante que, além do acompanhamento do analista e do psiquiatra, o paciente tenha o apoio de amigos e familiares ao longo do tratamento, que é para toda a vida. Em muitos casos, esses pacientes precisam ser reinseridos na sociedade, e isso só pode ser feito mediante a cooperação entre todos aqueles que estão envolvidos no tratamento desses indivíduos.
Inicialmente, a psicanálise tratava apenas pacientes neuróticos, no entanto, com o advento de novas técnicas e outras abordagens, o tratamento das psicoses tornou-se possível a partir do método psicanalítico.
O tratamento de pacientes que sofrem de transtornos como a psicose é desafiador e demanda um preparo cuidadoso por parte do profissional que cuida desse tipo de psicopatologia. Se bem manejados, os casos de psicose podem ter resultados muito positivos.
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